miércoles, 3 de septiembre de 2014

Quem não foi a Lisboa...

O nosso país vizinho, com uma língua e cultura próprias, com uma enorme tradição, respeito pelo medio ambiente e preocupação política.; assim é Portugal. Cosmopolita, caótica e muito diferente a outras capitais; assim é Lisboa. Gente muito agradável, que não grita (como na Espanha), com grande talento para as línguas (inglês, francês...) e sobretudo, que não anda às pressas, senão devagar. Assim são os portugueses.

Lisboa é subir e descer, no elétrico ou a pé. Lisboa são ruas que escorregam e artistas nas esquinas. Lisboa são dozes e pastelarias; Lisboa é bacalhau e café. Lisboa é ouvir fado; sentir uma voz e uma viola e encher-se de melancolia. Lisboa é viajar todo o dia cum cartão de seis euros; de metrô ou de autocarro, o que quixer. Lisboa é apanhar o elétrico número 28. Lisboa é parar num miradouro, desfrutar das vistas e observar o Tejo. Lisboa é fazer fila mais duma hora para visitar a Torre de Belém. Lisboa é ser corajoso, enfrentar as viaturas e arriscar a vida para cruzar. Lisboa é renunciar aos cartazes informativos na estação, perguntar, voltar a perguntar e obter apenas uma resposta:“Sei là”.

Lisboa são senhoras que gostam muito de falar, sempre prontas a ajudar, pelas ruas ou desde uma varanda (“Gosto muito da Galiza, eu morei em Vigo” ou “Filha, acho que não vais bem por aí”). Lisboa são vendedores e empregados de mesa a dizer piropos (“bonitos olhos, menina”) e sorrir, muito educados e cavaleiros. Lisboa são pessoas a oferecer droga e a pedir esmola nas rúas; Lisboa são polícias fardados e tambén sem fato. Lisboa são boémios, “hippies” e outras tribos urbanas. Lisboas são africanos; moçambicanos, guineanos e angolanos (e as súas crianças muito engraçadas). Lisboa são centos e centos de turistas, especialmente franceses, espanhóis e italianos.

Um país longo e diverso, onde norte e sul não têm nada a ver. Um país onde o papel higiénico não vai pela sanita e as mais das casas de banho são “unisex”. Um país em que temos de pagar os petiscos previos às refeições (não são gratuitos, aviso para “gourmets”). Um país que acho que vale a pena conhecer; cheio de dozes e vinhos, belas paisagens e o mais importante, boa gente. Portugal não é só um lugar para comprar barato (famosas na Galiza são as toalhas de Valença) com roupa estendida nas fachadas dos prédios; é isso e muito mais. Um país que tem muito por aprender mais também muito para nos mostrar, um país que dá as boas-vindas a quem o quiser visitar, um país impossível de olvidar. Pela minha parte, apenas tenho boas palavras para Portugal e a sua capital. Muito obrigada.

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